Alfredo Jaar Lamento das Imagens

28 Ago 05 Dez 2021 Sesc Pompeia Exposição individual
Vista da exposição de [view of the exhibition by] Alfredo Jaar, no [at the] Sesc Pompeia , parte da rede da [part of the partners institutions of the] 34ª Bienal de São Paulo. © Everton Ballardin / Sesc Pompeia
Vista da exposição de [view of the exhibition by] Alfredo Jaar, no [at the] Sesc Pompeia , parte da rede da [part of the partners institutions of the] 34ª Bienal de São Paulo. © Everton Ballardin / Sesc Pompeia
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Vista da exposição de [view of the exhibition by] Alfredo Jaar, no [at the] Sesc Pompeia , parte da rede da [part of the partners institutions of the] 34ª Bienal de São Paulo. © Everton Ballardin / Sesc Pompeia
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Vista da exposição de [view of the exhibition by] Alfredo Jaar, no [at the] Sesc Pompeia , parte da rede da [part of the partners institutions of the] 34ª Bienal de São Paulo. © Everton Ballardin / Sesc Pompeia

Um recorte da obra do emblemático artista chileno Alfredo Jaar será exibido a partir de 26 de agosto no Sesc Pompeia. Com curadoria de Moacir dos Anjos, a mostra Lamento das Imagens reúne instalações, pôsteres e projeções de vídeos – em seleção que provém das quatro décadas de atividade de Jaar.

São trabalhos de grande escala física que apresentam a forma de Jaar pensar uma política das imagens no mundo contemporâneo, e revelam suas reflexões em torno das  formas de controle social e de manutenção de desigualdades. As obras estarão dispostas na área de convivência do Sesc Pompeia. 

Figuram trabalhos como Out of balance (Fora de equilíbrio), instalação de 1989 composta por seis caixas de luz com transparências coloridas; One million points of light (Um milhão de pontos de luz), projeção de vídeo concebida em 2005; e, entre os mais recentes, Chiaroscuro (Claro-escuro), instalação de 2015 realizada a partir de metal, acrílico e lâmpadas LED.

Em The sound of silence (O Som do Silêncio), de 2006, Jaar constrói uma espécie de teatro para uma única imagem: o impactante registro do fotojornalista sul-africano Kevin Carter (1960-1994) de um garoto faminto no Sudão sendo observado por um abutre. Na instalação, o público assiste a um filme de oito minutos que reflete sobre os vários aspectos por trás de uma imagem.

Jaar costuma dizer que "imagens não são inocentes". Em You do not take a photograph. You make it. (Você não tira uma fotografia. Você faz uma fotografia), de 2013, ele coloca em evidência esta frase do fotógrafo americano Ansel Adams (1902-1984) justamente para reforçar a importância delas. Em Shadows (Sombras), de 2014, o artista se debruça novamente sobre uma imagem de dor e sofrimento. Desta vez, uma fotografia feita pelo holandês Koen Wessing (1942-2011) na Nicarágua, em 1978, no fim do regime autoritário de Somoza. Nessa instalação, uma sequência de outras imagens antecipam a exibição da potente fotografia principal. Um jogo de luz e sombras destaca a silhueta de duas mulheres que lançam seus braços no ar, em coreografia de luto e agonia. Não há texto, justamente como no livro Chili, September 1973, em que o próprio Wessing elaborou um retrato puramente visual do golpe militar na terra do artista.

Já em Lament of the images (Lamento das Imagens), de 2002, que nomeia a exposição, o artista reflete sobre os poderes que controlam a feitura e a circulação de imagens. A instalação apresenta três textos curtos que introduzem as implicações políticas do tema em contextos diversos para, em seguida, temporariamente cegar o público com a luz forte vinda de uma grande tela em sala escura. Ofuscação que serve de metáfora de processos de ocultação de imagens e da consequente necessidade de combater tal violência.

A produção de Alfredo Jaar teve início no Chile e, depois, nos Estados Unidos entre o fim da década de 1970 e início dos anos 1980, período em que vigorava a ditadura militar em seu país. São obras que buscam desvendar o que é involuntariamente não dito ou deliberadamente ocultado em um ambiente autoritário.

"Seus trabalhos não obrigam ninguém a tomar posições e atitudes, tão somente oferecendo entendimentos do mundo diferentes dos que refletem e alimentam os consensos e convenções que fazem a vida ser o que ela é em cada momento. São obras  que interpelam e afetam o outro, mesmo que não seja possível saber, de antemão, os efeitos dos afetos que produzem", comenta  Moacir dos Anjos. 

A partir da mudança para os Estados Unidos em 1982, o trabalho de Jaar passa  a tomar como foco as relações de poder internacionais, e não somente as que tinham o Chile como protagonista ou alvo. São trabalhos ocupados em demonstrar a continuidade de violências coloniais no mundo contemporâneo, provocando a invisibilidade seletiva de povos e populações. 

Por meio da escolha, contextualização e intervenção em fotografias veiculadas – ou ocultadas – em plataformas diversas, articula situações tão distintas e limítrofes quanto as que condicionam as vidas de ruandeses que sofrem os efeitos de uma guerra civil em seu país, de garimpeiros de Serra Pelada, de imigrantes mexicanos que tentam entrar clandestinamente nos Estados Unidos, de crianças famintas no Sudão ou de camponeses nicaraguenses.

Segundo o curador da exposição, a produção de Jaar formula, de modo original e potente, uma política das imagens no mundo contemporâneo. “Ele  cria trabalhos que promovem uma reflexão sobre o poder dos códigos visuais, notadamente os criados e veiculados na mídia, que tanto informam quanto cegam seus destinatários; tanto emancipam quanto controlam corpos em situações as mais distintas", reflete Moacir.  

A exposição Lamento das Imagens, no Sesc Pompeia, integra a rede de parcerias da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mais eu canto.

Curadoria: Moacir dos Anjos

Saiba mais sobre o artista aqui.



Lamento das Imagens - Alfredo Jaar
28 de agosto de 2021 a 5 de dezembro de 2021
Terça a sexta, das 14h às 20h. Sábado, domingo e feriado, das 11h30 às 17h30
Agendamento de visitas: www.sescsp.org.br/exposicoes
Entrada gratuita
Não temos estacionamento. Para mais informações, acesse o portal: sescsp.org.br/pompeia

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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