Apresentação de Novíssimo Edgar Programação pública

04 Nov 2021 19:00 - 20:00 Pavilhão da Bienal
Foto:  Renato Pascoal
Foto: Renato Pascoal

Nesta quinta-feira, às 19h, convidamos o público a assistir a apresentação de Novíssimo Edgar

No dia 4 de novembro, às 19h, será a vez de Novíssimo Edgar, um artista multimídia que cria conteúdo imaterial e material. Na apresentação, Edgar fará uma releitura e atualização da obra instrumental Broken music composition (1979), do músico tcheco Milan Knížák, inserindo letras de rap e de spoken word. Membro do coletivo Fluxus na décadas de 1960-1970, Knížák é considerado um dos pioneiros em desenvolver novas composições a partir de alterações físicas em discos de vinil, quebrando-os, riscando-os e, inclusive, cortando e colando-os em outras peças não relacionadas. Ao tocar os discos várias vezes, o que levava a destruição das agulhas e do toca-disco em si, Knížák criava novas músicas e uma nova linguagem, tornando-se uma importante influência para a noise music e a música eletrônica. 

Para Edgar, o processo de Knížák é muito similar ao surgimento e importância do sample (amostra, pedaços de sons, provenientes de músicas já existentes, instrumentos de forma isolada ou mesmo sons do “dia a dia”) na cena musical do hip-hop nos Estados Unidos e, principalmente, do rap no Brasil. No Pavilhão da Bienal, o artista multimídia Edgar criará samples ao vivo, cortando e juntando discos de vinil de Caetano Veloso com a Filarmônica de Berlim, criando feats improváveis como o de Pixinguinha e Noel Rosa; Coral da Igreja Evangélica e da Banda Marcial de Guarulhos; e o Mestre Cujipó com a banda norte-americana Information society. As novas composições que vão nascer no momento da apresentação serão acompanhadas por suas letras de rap, poesias e textos improvisados sobre diversas temáticas. 


Correalizadas pela Bienal com o Teatro Cultura Artística com curadoria do Festival Novas Frequências, as apresentações de música experimental da 34ª Bienal são um dos eixos de ativação da obra deposição, de Daniel de Paula, Marissa Lee Benedict e David Rueter, que ressignifica uma antiga roda de negociações da bolsa de valores de Chicago a partir de seus usos na Bienal. 

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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