Live As vozes dos artistas #2: cantos tikmũ’ũn Programação pública

26 Nov 2020 19:00 - 21:00 bienal na web
Jaider Esbell, <i>A guerra do Kanaimés</i> (série), 2020. Acrílica e caneta Posca sobre tela. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 34ª Bienal
Jaider Esbell, A guerra do Kanaimés (série), 2020. Acrílica e caneta Posca sobre tela. Comissionada pela Fundação Bienal de São Paulo para a 34ª Bienal

No dia 26 de novembro, às 19h, a Fundação Bienal de São Paulo promove a segunda live da série As vozes dos artistas, em que a curadoria da 34ª Bienal de São Paulo conversa com artistas convidados, brasileiros e estrangeiros, sobre os enunciados da mostra – objetos com histórias marcantes e em torno dos quais as obras serão distribuídas na exposição, sugerindo leituras poéticas multifacetadas. 

Contamos com a sua participação! Inscreva-se! A live terá interpretação em libras. 

O segundo encontro toma como ponto de partida os cantos rituais tikmũ’ũn! Nessa live, Jacopo Crivelli Visconti, curador geral desta Bienal, e Paulo Miyada, curador adjunto, conversam com o artista convidado da edição Jaider Esbell (1979, Normandia, RR), que desempenha um papel central no movimento de consolidação da Arte Indígena Contemporânea no contexto brasileiro, atuando de forma múltipla e interdisciplinar e combinando o papel de artista, curador, escritor, educador, ativista, promotor e catalisador cultural. Além da participação ao vivo de Esbell, o encontro trará entrevistas gravadas com Jaune Quick-to-see Smith (Reserva Flathead Montana, EUA, 1940), Sebastián Calfuqueo Aliste (1991, Santiago, Chile) e Sung Tieu (1987, Hai Duong, Vietnã). Ao final do encontro, as perguntas do público serão respondidas.

Os Tikmũ’ũn, ou Maxakali, são um povo indígena originário de uma região compreendida entre os atuais estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. Após inúmeros episódios de violências e abusos, recorrentes desde a época colonial, os Tikmũ’ũn chegaram a beirar a extinção nos anos 1940 e, forçados a abandonar suas terras ancestrais para sobreviver, estão hoje divididos em aldeias distribuídas no Vale do Mucuri (MG). Os cantos organizam a vida nas aldeias, envolvendo sua rica cosmologia – constituindo quase um índice de todos os elementos que estão presentes em suas vidas, como plantas, animais, lugares e objetos. Grande parte desses cantos é executada coletivamente, e muitas vezes são destinados à cura. O ato de cantar se torna, entre os Tikmũ’ũn, parte integral da vida, porque é através do canto que se preservam as memórias e se constitui a comunidade. 

Em sua primeira aparição no âmbito da 34ª Bienal na exposição Vento (que pode ser visitada até 13 de dezembro), gravações de alguns cantos rituais tikmũ’ũn servem de contraponto poético e catalisador simbólico para um conjunto de obras que têm entre seus disparadores uma reflexão sobre a memória. 

Inscreva-se aqui! É gratuito! 


Veja a live completa aqui!

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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